O poeta como personagem, ou: mobilizar Camões
DOI:
https://doi.org/10.37508/rcl.2025.nEsp.a1352Palavras-chave:
Mário Cláudio, Os naufrágios de Camões, móbile, obra aberta, inacabamentoResumo
O artigo analisa como a figura e a obra de Camões são recuperadas no romance Os naufrágios de Camões (2022), de Mário Cláudio, tomando como estrutura articuladora os móbiles de Alexander Calder e os princípios que sustentam sua concepção: abertura, inacabamento e apelo à interação do fruidor. Esses valores parecem se traduzir em imagens e procedimentos, tanto na poesia camoniana como na apreensão ficcional que o romancista faz dela ao tomar o vate como personagem.
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