Camões, pourquoi faire ?
DOI :
https://doi.org/10.37508/rcl.2025.nEsp.a1395Mots-clés :
Camões , Heidegger, Indigence, DivinitésRésumé
Heidegger considérait l'indigence comme un problème propre à un monde sans dieux, et la question de la technologie figurait parmi ses préoccupations les plus profondes. Parallèlement aux réflexions de Heidegger, on peut lire un sonnet de Camões, « Correm turvas as águas deste rio » (Les eaux de ce fleuve sont troubles), qui s'interroge avec angoisse sur la possibilité que Dieu ait oublié le monde. S'intéressant particulièrement à ce qui apparaît et à ce qui ne apparaît pas, le poème explore le rapport entre espace et temps (y compris au sens historique), le désarroi du monde, et aborde diverses hypothèses pour expliquer le profond désarroi ressenti par le poète. Célébrant le doute et l'incertitude, ce sonnet, qui dialogue avec d'autres passages de l'œuvre de Camões, recherche une vérité insaisissable, qui ne se trouve ni dans l'immanence ni dans la transcendance.
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