"El mar entró en él y encajó dentro" – Camões, el ser glocal

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.37508/rcl.2025.nEsp.a1382

Palabras clave:

Camões, Global, Local, glocal, Actual

Resumen

El quinientos aniversario del nacimiento de Camões exige una serie de reflexiones que fomenten otras formas de conocimiento, en la línea del espíritu renacentista que moldea las reacciones extrínsecas e intrínsecas de los seres humanos, sin ignorar, sin embargo, los fenómenos políticos, sociales, culturales, históricos, locales y globales que contribuyeron a su génesis. Gran impulsor de la intersección entre la literatura, las artes, las ciencias y la historia, que, con él y a través de él, siguen estableciendo un diálogo fructífero, el autor de Filodemo trasciende el tiempo y se desmitifica a sí mismo mediante la fuerza de su obra. El mito camoniano es la realidad misma, impulsando proyectos, más o menos legendarios, apoyados por todos los que experimentan el prestigio de Camões, dentro de la tesis de que todo rinde algún tipo de homenaje al poeta que, aunque no se le nombre, siempre es invocado por la celebración de los logros portugueses y por la calidad y relevancia de su producción. La realidad que constituyó la vida y la obra de Camões constituye un material que ha enriquecido el flujo teórico, tanto dentro como fuera del mundo lusófono. Este flujo, que lo catapultó a la contemporaneidad, es sumamente sugestivo de su relevancia, destacando cómo el poeta encarna ciertos conceptos, formulados solo en los siglos XX y XXI, como la globalización, la glocalización o incluso la preocupación ecológica. Así, una estética heterodoxa de evidente seducción legitima la relación entre el público general y la obra de Camões, alimentando el fuego sagrado de Vesta que el panteón de Atenea reclama.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Isabel Ponce de Leão, Universidade Fernando Pessoa - Porto

Professora Catedrática da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais da Universidade Fernando Pessoa, Porto, Portugal. Licenciada em Filologia Românica pela Universidade de Coimbra, fez o 3.º ciclo de estudos em Teoria da Literatura e Literatura Comparada pela Faculdade de Filologia da Universidade de Santiago de Compostela e Doutorou-se em Literaturas Hispânicas pela mesma Universidade (doutoramento reconhecido pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, Portugal, com o número 1/98, com publicação no Diário da República nº 188 de 17/08/98). Agregação em 2009. É Formadora certificada na área e domínio C046 Português / Português, concedido pelo Conselho Científico-Pedagógico de Educação Contínua, de acordo com o registo CCPFC / RFO-02956/97. Membro do Centro de Estudos Globais (CEG – U. Aberta), do Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade (CECS – U. Minho), do Círculo de Estudos do Centralismo (CEC) e do INfAST; vogal do Conselho de Administração da Cooperativa Árvore e vice-presidente do Centro de Estudos Regianos. Como docente e investigadora colabora com outras instituições de ensino superior, em Portugal, América Latina, sobretudo Brasil, e vários países Europeus. Faz parte do conselho editorial e / ou científico de várias revistas, jornais e outras publicações e integra comissões científicas de colóquios, congressos e outros eventos, que tam-bém promove, bem como júris académicos e de prémios literários aos níveis nacional e internacional. A sua atividade estende-se à comunidade civil cooperando com diversas Câmaras Municipais, particularmente com a do Porto, onde foi deputada municipal e é, à data, Presidente da Comis-são de Toponímia. Áreas de investigação: Jornalismo Cultural, Ecocrítica, Estudos Globais, Literatura Moderna e Contemporânea, Diálogos Artes / Ciências e Interartes. É autora de inúmeras publicações, particularmen-te nas três últimas áreas referenciadas. (cf. https://www.cienciavitae.pt/portal/E314-D183-0B42).

Citas

ADORNO, Theodor. Kant’s critique of pure reason. Redwood City: Stanford University Press, 2002.

APPADURAI, Arjun. Dimensões culturais da globalização. Lisboa: Teorema, 2004.

BAUMAN, Zygmunt. Liquid life. Cambridge: Polity, 2005.

CAMÕES, Luís de. Autos e Cartas. Edição Comemorativa do IV Centenário da Morte do Poeta. Lisboa: Editorial Verbo, 1980a.

CAMÕES, Luís de. Lírica I. Edição Comemorativa do IV Centenário da Morte do Poeta. Lisboa: Editorial Verbo, 1980b.

CAMÕES, Luís de. Lírica II. Edição Comemorativa do IV Centenário da Morte do Poeta. Lisboa: Editorial Verbo, 1980c.

CAMÕES, Luís de. Os Lusíadas. Edição Comemorativa do IV Centenário da Morte do Poeta. Lisboa: Editorial Verbo, 1980d.

CASTELLS, Manuel. Communication power. Oxford/New York: Oxford University Press, 2009.

CRESSWELL, Tim. Place: a short introduction. Oxford: Blackwell Publishing Ltd., 2004.

HEIDEGGER, Martin. Ser e Tempo. Petrópolis: Editora Vozes, 2009.

IANNONE, Carlos Alberto; GOBBI, Márcia Valéria Zamboni; Junqueira, Renata Soares. (org.). Sobre as naus da iniciação: estudos portugueses de literatura e história. São Paulo: UNESP, 1998.

MASSEY, Doreen. Space, place, and gender. Minneapolis: University of Minnesota Press, 1994.

MCLUHAN, Marchall; FIORE, Quentin. The medium is the message: an inventory of effects. Harmondsworh: Penguin, 1967.

MORIN, Edgar. Pensar global - o homem e o seu universo. Lisboa: Instituto Piaget, 2023.

PEREIRA, J. C. Seabra. Camões: Serão dadas na terra leis milhores. In: RITA, Annabela; PONCE DE LEÃO, Isabel; FRANCO, José Eduardo; REAL, Miguel. História Global da Literatura Portuguesa. Lisboa: Temas & Debates, 2024. p. 185-191.

PONCE DE LEÃO, Isabel. “Correm turvas as águas deste rio” (metagoge e preservação da natureza na poética camoniana). Revista Fios das Letras - Camões 500 anos depois, v. 1, n. 3., 2025. Disponível em: https://periodicos.uea.edu.br/index.php/fiosdeletras/issue/view/252. Acesso em: 12 ago. 2025.

PRESENÇA: fôlha de arte e crítica. 10 jun. 1928. (capa digitalizada). Disponível em: https://am.uc.pt/bib-geral/item/64748. Acesso em: 12 ago. 2025.

QUIJANO, Anibal. Colonialidad y clasificación social. In: CASTRO-GÓMEZ, Santiago; GROSFOGUEL, Ramón (ed.). El giro decolonial. Reflexiones para una diversidad epistémica más allá del capitalismo global. Bogotá: Siglo del Hombre Editores, 2007.

RÉGIO, José. Camões. presença Fôlha de Arte e Crítica, n. 13. Lisboa: Contexto, 1993.

ROBERTSON, Roland. Globalization social theory and global culture. London: Sage Publications Ltd, 1992.

SIMÕES, Francisco. [Sem título]. 1 desenho, pastel sobre papel. 2025.

TOYNBEE, Arnold et al. (1975). L’histoire: Les grands mouvements de l’histoire à travers le temps, les civilisations, les religions. Paris : Elsevier Séquoia, 1975.

TUAN, Yi-Fu. Topofilia: um estudo da percepção, atitudes e valores do meio ambiente. São Paulo: Difel, 1980.

Publicado

2025-12-10

Cómo citar

Ponce de Leão, I. (2025). "El mar entró en él y encajó dentro" – Camões, el ser glocal. Convergência Lusíada, 36(Esp.), 295–318. https://doi.org/10.37508/rcl.2025.nEsp.a1382