Fora a cidade, o último coração do sonho, em Al Berto
DOI:
https://doi.org/10.37508/rcl.2019.n41a325Palavras-chave:
tradição e modernidade, poesia portuguesa contemporânea, poesia e espaço.Resumo
Este trabalho busca analisar o poema “prefácio para um livro de poemas”, de Al Berto, relacionando questões que envolvem a literatura, o espaço, a modernidade com o território da tradição, menos observado pela crítica contemporânea. A leitura parte do princípio de que o poema situa-se em um espaço intermédio, entre a intensidade da emoção que reside nos restos de metáforas expressivas do passado, por um lado, e a exatidão, tal como a definiu Italo Calvino, por outro. É minha hipótese de leitura que o poema mostre um salto em direção a uma terra coletiva e ancestral que resguarda o espaço cultural ibérico lírico.
Downloads
Referências
AL BERTO. O último coração do sonho. Org. Jorge dos Reis-Sá. Vila Nova de Famalicão: Quase Edições, 2006.
ANGHEL, Golgona. Al Berto oral. In: AL BERTO. O último coração do sonho. Org. Jorge dos Reis-Sá. Vila Nova de Famalicão: Quase Edições, 2006. p. 13-31.
______. Eis-me acordado muito tempo depois de mim: uma biografia de Al Berto. 2. ed. Vila Nova de Famalicão: Quase Edições, 2012.
BARRENTO, João. Geografia imaterial: três ensaios sobre a poesia. Lisboa: Documenta, 2014.
BENJAMIN, Walter. Obras escolhidas III. Charles Baudelaire, um lírico no auge do capitalismo. Tradução: José Carlos Martins Barbosa e Hermerson Alves Baptista. São Paulo: Brasiliense, 1995.
BLANCHOT, Maurice. O espaço literário. Rio de Janeiro: Rocco, 1987.
______. A literatura e o direito da morte. In: A parte do fogo. Tradução: Ana Maria Scherer. Rio de Janeiro: Rocco, 1997. p. 290-330.
CALVINO, Italo. As cidades invisíveis. Tradução: Diogo Mainardi. São Paulo: Companhia das Letras, 1990.
______. Seis propostas para o próximo milénio. Lisboa: Teorema, 1998.
JAUSS, Hans Robert. Tradição literária e consciência atual da modernidade. In: OLINTO, Heidrun Krieger (Org.). Histórias de literatura: as novas teorias alemãs. São Paulo: Ática, 1996.
JUNG, Carl G. O homem e seus símbolos. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1964.
MARTELO, Rosa Maria. Vidro do mesmo vidro: tensões e deslocamentos na poesia portuguesa depois de 1961. Porto: Campo das Letras, 2007.
MATOS, Olgária C. F. O iluminismo visionário: Benjamin, leitor de Descartes e Kant. São Paulo: Brasiliense, 1993.
O CÉU de Lisboa. Direção: Wim Wenders. Portugal. 1984. 99 min.
PAZ, Octavio. Os filhos do barro. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1984.
RECKERT, Stephen. Para além das neblinas de novembro: perspectivas sobre a poesia ocidental e oriental. Tradução: Dídia Marques Reckert. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1999.
ROUANET, Sérgio Paulo. Édipo e o anjo: itinerários freudianos em Walter Benjamin. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1990.
SHORSKE, Carl E. La idea de ciudad en el pensamiento europeo de Voltaire a Spengler, Punto de Vista, Buenos Aires, n. 30, jul./oct., 1987.
WENDERS, Wim. A paisagem urbana. Revista do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, Rio de Janeiro, n. 23, p. 180-189, 1994.
ZAMBRANO, María. A metáfora do coração e outros escritos. 2. ed. Introd. e trad. José Bento. Lisboa: Assírio e Alvim, 2000.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a. Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Atribuição NãoComercial (CC-BY-NC 4.0) que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
b. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
A Revista Convergência Lusíada utiliza uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional.