Escrever com Adília/Barthes sobre o que gostamos
DOI:
https://doi.org/10.37508/rcl.2025.n53a1314Palavras-chave:
Poesia portuguesa contemporânea, Adília Lopes, Barthes, Biografemas, MemóriaResumo
Leitura da poesia da Adília Lopes a partir da perspectiva biografemática de Barthes. Reflexão sobre como os poemas dos últimos livros-álbuns adilianos, sobretudo a partir de Manhã (2015) até os mais recentes Pardais (2022) e Choupos (2023), são permeados por resquícios de memória de leituras e de vivências da poeta-leitora-personagem, que escreve motivada pelo desejo em rememorar o outro por meio de si. Relação intertextual entre o prazer [jouissance] da escritura [écriture] teórico-biográfico-ficcional de Barthes – expressa no uso recorrente do verbo “gostar” como um traço de encontro de prazeres corpóreos com o leitor – e as construções descritivo-poético-sensoriais da persona Adília. Inserção de outros personagens que a poeta reinscreve nos poemas em prosa por meio de jogos de imagens, de palavras e de fragmentos de memória biográfico-poético-ficcional.
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