Camões entre los poetas africanos
DOI:
https://doi.org/10.37508/rcl.2025.nEsp.a1353Palabras clave:
Luís de Camões, Virgílio de Lemos, Rui Knopfli, Luís Carlos Patraquim, José CraveirinhaResumen
Nuestro texto tiene como objetivo resaltar cómo Luís de Camões es reconocido entre los poetas africanos. Como señala el crítico literario mozambiqueño Francisco Noa, hay una vertiente lírica en la poesía mozambiqueña que se estructura en torno al Océano Índico y la Isla de Mozambique, por donde pasaron Camões, Jorge de Sena y otros poetas. Entre las voces poéticas mozambiqueñas que celebran a Camões, recordamos a Virgílio de Lemos, excelente cultivador de la poesía portuguesa, que escribió innumerables sonetos y odas a Camões. Rui Knopfli es otro gran poeta mozambiqueño que, en el poema “O Regresso dos Lusíadas”, realiza una reinterpretación crítica de Os Lusíadas. También abrazando un sesgo de irreverencia alegórica y subversión, encontramos poemas del mozambiqueño Luís Carlos Patraquim, que contrastan paródicamente con versos de Camões. A través del vagabundeo, la poesía de Patraquim, en la vena corrosiva inaugurada por Knopfli, se impone como un contraviaje para desvelar algunas lagunas en la historia. No podíamos dejar de mencionar al gran poeta José Craveirinha, el «Camões de Mafalala», como lo bautizó la escritora Mia Couto en 1991, no solo por haber ganado el Premio Camões y no haber abandonado nunca el barrio periférico de Mafalala, sino por la seducción y la clandestinidad con la que supo combinar la oralidad de las palabras rongas de la lengua de su madre negra con el portugués heredado de su padre del Algarve, quien le introdujo en las rimas de poetas portugueses, entre ellos Camões, a quien admiraba y de quien supo captar el método de creación de sonetos. Finalmente, nos referimos al poema antiépico As Quybyrycas, de Frey Ioannes Garabatus.
Descargas
Citas
BASTO, Maria-Benedita. “Camões” em Moçambique à Procura d’As Quybyrycas de Frey Garabatus. Cânone, Geopolítica e Descolonização. In: MACEDO, Ana Gabriela; BRUGIONI, Elena; PASSOS, Joana (ed.). O poder das narrativas: As narrativas do poder. Prémios literários. Porto: Edições Afrontamento, 2016. p. 53-74.
COUTO, Mia. Entrevista. JL. Lisboa, 13 ago. 1991. CRAVEIRINHA, José. Cela 1. Lisboa: Edições, 70, 1980a. CRAVEIRINHA, José. Maria. Maputo: Alcance, 2008.
CRAVEIRINHA, José. Xigubo. 2. ed. Lisboa: Edições, 70, 1980b.
GARABATUS, Frey Ioannes. As Quybyrycas (1972): poema éthico en outavas que corre como sendo de Luís Vaz de Camões em suspeitissima athribuiçon. Porto: Edições Afrontamento, 1991.
HUTCHEON, Linda. Teoria e política da ironia. Trad. Péricles Eugênio da Silva Ramos. Belo Horizonte: EdUFMG, 2000.
KLIPEL, Renata de Oliveira. As Quybyrycas como possibilidade de descolonização por dentro. Revista Desassossego, São Paulo, v. 15, n. 30, DOI: https://doi.org/10.11606/issn.2175-3180.v15i30p210-225
p. 210-225, jul.-dez. 2023. Disponível em: http://dx.doi.org/10.11606/ issn.2175-3180.v15i30p210-225. Acesso em 15 dez. 2024.
KNOPFLI, Rui. A Ilha de Próspero. 2. ed. Lisboa: Edições 70, 1989.
KNOPFLI, Rui. Antologia poética. Eugénio Lisboa (org.). Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2010.
LEITE, Ana Mafalda. A fraternidade das palavras. Via Atlântica, São Paulo,
n. 5, p. 22, out. de 2002.
LEMOS, Virgílio de. Eroticus moçambicanus. Antologia poética. Organização e apresentação de Carmen Tindó Secco. Rio de Janeiro: Ed. Nova Fronteira; Fac. Letras da UFRJ, 1999.
LOBATO, Alexandre. Prefácio. In: KNOPFLI, Rui. A Ilha de Próspero: roteiro poético da Ilha de Moçambique. 2.ed. Lisboa: Edições 70, 1989, p. 11-23.
NOA, Francisco. Literatura moçambicana: memória e conflito. Itinerário poético de Rui Knopfli. Maputo: Universidade Eduardo Mondlane; Livraria Universitária, 1997.
NOA, Francisco. O Oceano Índico e as rotas da transnacionalidade na literatura moçambicana. In: NOA, Francisco. Uns e outros na literatura moçambicana. Ensaios. São Paulo: Editora Kapulana, 2017. p. 59-74
PATRAQUIM, Luís Carlos. Vinte e tal novas formulações e uma elegia carnívora. Lisboa: ALAC, 1992.
SAID. Roberto. O delito da palavra (posfácio). In: KNOPFLI, Rui. Antologia poética. Organizado por Eugénio Lisboa. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2010. p. 189-206.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2025 Carmen Lucia Tindó Tindó Secco

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial 4.0.
Os autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a. Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Atribuição NãoComercial (CC-BY-NC 4.0) que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
b. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
A Revista Convergência Lusíada utiliza uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional.