A máquina e a coleção de Joseph Walser

  • Pedro Meneses

Abstract

Ao contrário de Klaus Klump, Joseph Walser não participa na guerra. Não tinha vontade de o fazer nem a isso fora obrigado. A máquina é a sua ligação privilegiada, toma-a como modelo de eficiência, de cujo mundo fatalmente se verá arredado, após a perda de um dedo. Refugia-se do real no imaginário da sua coleção de peças metálicas. É um colecionador de pequenas ruínas, um corcunda melancólico à margem da História, na coleção encontrando a ordem de que o mundo humano carece – fatalmente, poderia dizer Walser. É um ser que resiste a ser arrastado pela voragem do futuro. Também joga aos dados com os amigos, uma forma mais de se esquivar à vertigem ética, que curto-circuita o consolo da previsibilidade técnica.

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Published
2017-07-28
How to Cite
Meneses, P. (2017). A máquina e a coleção de Joseph Walser. Converência Lusíada, 24(30). Retrieved from https://convergencialusiada.com.br/rcl/article/view/117
Section
DOSSIÊ: LITERATURA PORTUGUESA CONTEMPORÂNEA