Nômades digitais: em busca de comunidades, do almanaque às redes sociais

Autores

  • Luciana Salles Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
  • Marlon Augusto Barbosa Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

DOI:

https://doi.org/10.37508/rcl.2021.n46a464

Palavras-chave:

Almanaque, redes sociais, comunicação, comunidades digitais, homo digitalis

Resumo

O presente texto pretende apresentar e analisar uma certa peregrinação da forma e do conteúdo do almanaque que, historicamente, assume, com o tempo, novos recortes temáticos, preservando de sua tradição antiga quase que apenas o caráter enciclopédico, informativo, e a perspectiva temporal de publicação sazonal, como anuário. O objetivo é demonstrar que o almanaque funciona como um veículo de congregação de coletividades e, por isso mesmo, construtor de uma comunidade –, de geração algorítmica de bolhas e padrões de vivência e consumo. Com diferentes experiências, sistemas de comunicação como o Facebook, o Twitter ou o Instagram parecem configurar a versão tecnológica correspondente ao manakh de nossos dias. Cada uma dessas redes funciona como o espaço em que nos reunimos em torno de experiências individuais e informações em torno de temas e interesses cada vez mais específicos. São lugares de discurso e linguagem que propiciam a construção de diálogos, encontros, comunidades inteiras formadas por sujeitos de um infinito nomadismo que caminham sem descanso em busca de possibilidades de conhecimento e comunhão.

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Biografia do Autor

Luciana Salles, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

É professora de Literatura Portuguesa na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde realizou seu Mestrado em Poética e Doutorado em Literatura Portuguesa. É membro do Pólo de Pesquisas Literárias Luso-Brasileiras do Real Gabinete Português de Leitura (PLLB/ RGPL) e coordenadora do Grupo de Estudos Interdisciplinares: Linguagens, Mídia e Cultura Pop (UFRJ / CNPq).

Marlon Augusto Barbosa, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

Possui Doutorado e Mestrado em Teoria Literária e Literatura Comparada pelo Programa de Pós-Graduação em Ciência da Literatura da Faculdade de Letras da UFRJ. Foi professor substituto de Teoria Literária e Literatura Comparada (2016 até 2017) e Literatura Portuguesa (2019 até 2021) da Faculdade de Letras da UFRJ. Atualmente é membro da Comissão Editorial e revisor da Revista Mulemba (Qualis A4).

Referências

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Publicado

2021-10-09

Como Citar

Salles, L., & Barbosa, M. . (2021). Nômades digitais: em busca de comunidades, do almanaque às redes sociais. Convergência Lusíada, 32(46), 324–338. https://doi.org/10.37508/rcl.2021.n46a464