Camões poeta e viajante

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DOI:

https://doi.org/10.37508/rcl.2025.nEsp.a1360

Palavras-chave:

Luís de Camões, Formação intelectual, Experiência, Viagens

Resumo

Este artigo detém-se sobre a associação entre erudição e experiência em Luís de Camões. Considera, pois, que a formação intelectual do poeta teria ocorrido no Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, e que a sua estadia no Oriente teria sido estimulada por um forte desejo de indagar o mundo. Como exemplo, toma os seus conhecimentos acerca de uma planta culti- vada numa ilha das Molucas.

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Biografia do Autor

Rita Marnoto, Universidade de Coimbra / Centre International d’Études Portugaises de Genève

Professora Catedrática da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e Diretora do curso de Doutoramento em Línguas Modernas. Dedica-se ao estudo da literatura italiana, da literatura portuguesa e das relações entre as duas literaturas. Desempenhou vários cargos de gestão universitária, tendo sido membro da direção de duas unidades orgânicas de cariz interdisciplinar, o Instituto de Investigação Interdisciplinar e o Colégio das Artes. Dirigiu projetos de investigação sobre Luís de Camões e colaborou em vários projetos internacionais. Mais recentemente, preparou quatro edições de Os Lusíadas, esclarecendo questões que se arrastavam desde o século XVII. Recebeu o título honorífico de “Grande Ufficiale della Repubblica”, o “Premio Flaiano per l’Italianis- tica” e o “Prémio Publicações Internacionais” da FLUC. É Vice-Diretora do “Centre International d’Études Portugaises de Genève” e é membro da Comissão Nacional para as celebrações dos 100 anos do nascimento de Pier Paolo Pasolini.

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Publicado

2025-06-22

Como Citar

Marnoto, R. (2025). Camões poeta e viajante. Convergência Lusíada, 36(Esp.), 39–50. https://doi.org/10.37508/rcl.2025.nEsp.a1360

Edição

Seção

O engenho, a arte; a pena, a espada; o estudo a experiência