Infâmia ou martírio: o adultério feminino em Ana Plácido e Camilo Castelo Branco
DOI:
https://doi.org/10.37508/rcl.2025.n53a1330Palavras-chave:
autoria feminina, adultério feminino, Ana Plácido, Romantismo em PortugalResumo
Em meados do século XIX, Ana Plácido e Camilo Castelo Branco tinham-se tornado o casal adúltero mais conhecido de Portugal. Camilo era igualmente famoso pela sua produção novelística, mas Plácido, embora também fosse escritora, era considerada “apenas” a amante adúltera de um grande romancista. Contudo, ambos escreveram prolificamente acerca do adultério, do amor e da mulher. Neste artigo, procuraremos analisar as diferenças entre as obras de ambos os escritores quanto à construção e interpretação do adultério e do comportamento sexual e social feminino. Partimos da convicção de que o género sexual tem uma influência relevante sobre a perspectiva social de um/a autor/a e de que o Romantismo português só ficará completo quando as vozes femininas que para ele contribuíram forem ouvidas. Procuraremos, acima de tudo, dar visibilidade à esquecida obra de Ana Plácido.
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