Ali morou uma velha qualquer

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DOI :

https://doi.org/10.37508/rcl.2024.n51a894

Mots-clés :

A velha, Teolinda Gersão, esquecimento, História, casa

Résumé

Este artigo lê o conto “A velha”, de Teolinda Gersão, publicado no Bra­sil na antologia Alice e outras mulheres (2020), e visa apresentar reflexões sobre as precárias condições dos velhos na sociedade contemporânea. Submetida a uma vida medíocre e solitária, veremos o quanto a velha é esquecida tanto pelos familiares quanto pela História. O caminho destas páginas faz ecoar a pergunta: qual o lugar dos idosos na sociedade atual? A pensar nela, a última parte do artigo se volta para a morte da velha e dá ênfase à importância da casa humilde, que é o seu único registro no tempo e no espaço. Naquela casa abandonada pelo tempo, morou uma velha qualquer.

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Biographie de l'auteur

Lucas Pessin, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

É mestrando do Programa de Pós-Graduação em Letras Vernáculas (Literaturas Portuguesa e Africanas) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Licenciado em Letras: Português/Literaturas pela mesma instituição com grau Magna Cum Laude (2022). Tem interes­se nas relações entre literatura, História e memória com ênfase na narra­tiva portuguesa do século XX.

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Publiée

2024-01-07

Comment citer

Pessin, L. (2024). Ali morou uma velha qualquer. Convergência Lusíada, 35(51), 29–49. https://doi.org/10.37508/rcl.2024.n51a894