Ginga ou Jinga, rei ou rainha: o pluriversal em dois romances pós-coloniais angolanos

Auteurs

DOI :

https://doi.org/10.37508/rcl.2023.n49a670

Mots-clés :

Jinga, Ginga, Pepetela, Agualusa, pós-colonialismo

Résumé

A partir do diálogo com a literatura colonial portuguesa e com a literatura nacionalista angolana, este artigo analisa representações sobre a rainha Jinga em dois romances angolanos, A gloriosa família, de Pepetela (1997), e A rainha Ginga, de Agualusa (2015), com o objetivo de verificar as formas de retratar a identidade de gênero de Jinga, suas habilidades guerreiras e diplomáticas, sua maneira de governar e lidar com o tráfico de pessoas escravizadas. Como romances pós-coloniais, o corpus abarca a humaniza­ção da personagem histórica, dessacralizando-a e questionando a insíg­nia de bárbara.

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Bibliographies de l'auteur

Ana Claudia Florindo Fernandes, Universidade de São Paulo (USP)

Graduada em Pedagogia pela FEUSP, Mestre em Psicologia da Educação e Doutoranda em Educa­ção, Linguagem e Psicologia na Universidade de São Paulo.

Ana Paula Rodrigues, Universidade de São Paulo (USP)

Graduada em Letras, é mestre em Literatu­ra e Crítica Literária pela PUC/SP e Doutoranda em Estudos Comparados de Literaturas de Língua Portuguesa na Universidade de São Paulo.

Elieni Caputo, Universidade de São Paulo (USP)

Graduada em Psicologia pela UFSCar e em Letras pela PUC/SP, Mestre em Literatura e Crítica Literária pela PUC/SP e Dou­toranda em Estudos Comparados de Literaturas de Língua Portuguesa na Universidade de São Paulo.

Helder Thiago Maia, Universidade de São Paulo (USP)

Investigador do Centro de Estudos Compa­ratistas da Universidade de Lisboa, Doutor em Letras pela Universidade Federal Fluminense, Professor colaborador no PPG de Estudos Compara­dos de Literaturas de Língua Portuguesa da Universidade de São Paulo.

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Publiée

2023-06-29

Comment citer

Florindo Fernandes, A. C., Rodrigues, A. P., Caputo, E., & Maia, H. T. (2023). Ginga ou Jinga, rei ou rainha: o pluriversal em dois romances pós-coloniais angolanos. Convergência Lusíada, 34(49), 328–354. https://doi.org/10.37508/rcl.2023.n49a670