A virada social e política de António Botto em Ainda não se escreveu (1959)

Auteurs

  • Oscar José de Paula Neto Universidade Federal Fluminense (UFF)

DOI :

https://doi.org/10.37508/rcl.2023.n49a589

Mots-clés :

antónio botto, poesia portuguesa, história literária, poesia social

Résumé

Ainda não se escreveu (1959), livro póstumo de António Botto, reúne a po­esia realizada durante os seus anos de exílio no Brasil (1947-1959). Entre os variados temas que são abordados na obra, uma das principais marcas é a virada social e política empreendida pelo poeta em sua fase tardia, significativa da substancial reformulação do seu projeto poético. Nesse conjunto de poemas, o poeta apresenta uma ambivalente e contraditória maneira de refletir as questões sociopolíticas de seu contexto histórico, revelando um testemunho que mescla posicionamentos conservadores, sobretudo anticomunistas e católicos, com outros progressistas, com cer­tos ecos e procedimentos da poesia neorrealista.

Téléchargements

Les données relatives au téléchargement ne sont pas encore disponibles.

Biographie de l'auteur

Oscar José de Paula Neto, Universidade Federal Fluminense (UFF)

Doutorando em Literatura Compara­da no Programa de Pós-Graduação em Estudos de Literatura da Universi­dade Federal Fluminense. Bolsista CAPES.

Références

BATALHA, Maria Cristina. O que é uma literatura menor? Cerrados, Brasília, n. 35, p. 113-134, 2013.

BOTTO, António. Ainda não se escreveu. Lisboa: Edições Ática, 1959.

BOTTO, António. Baionetas da morte. Lisboa: [s. n.], 1936.

BOTTO, António. Canções. Lisboa: Guimarães, 2010.

BOTTO, António. Poesia. Lisboa: Assírio & Alvim, 2018 [e-book].

CASCAIS, António Fernando. Pessoa, louvor e execração de António Botto. In: RIBEIRO, Nuno; BASTOS, Margarida Almeida (org.). António Botto e Fernando Pessoa: poéticas em diálogo. Lisboa: Biblioteca Nacional de Portugal, 2021. p. 27-46.

KLOBUCKA, Anna. O mundo gay de António Botto. Lisboa: Documenta, 2018.

MAGALHÃES, Joaquim Manuel. Os dois crepúsculos: sobre poesia portuguesa actual e outras crónicas. Lisboa: A Regra do Jogo, 1981.

PITTA, Eduardo. Toda a ousadia será castigada. In: BOTTO, António. Poesia. Lisboa: Assírio & Alvim, 2018. p. 3-18. [e-book]

RANCIÈRE, Jacques. A partilha do sensível: estética e política. São Paulo: Editora 34, 2005.

REVISTA da Semana, “Antônio Botto, o amor e a enfermidade, 19 de maio de 1956, p. 19-20.

SALEMA, Alvaro. “Ainda não se escreveu”. In: Diário de Lisboa, 1959.

SENA, Jorge de. “António Botto”. In: Estudos de Literatura Portuguesa – III. Lisboa: Edições 70, 1988, p. 187-192.

SOL Nascente, “O temperamento na criação artística”, n. 4, 15 de março de 1937, p. 16.

TORRES, Alexandre Pinheiro. O movimento neo-realista em Portugal na sua primeira fase. Lisboa: Instituto de Cultura Portuguesa, 1977.

ÚLTIMA Hora, “António Boto responde”, 29 de agosto de 1956, p. 3.

Téléchargements

Publiée

2023-06-29

Comment citer

de Paula Neto, O. J. (2023). A virada social e política de António Botto em Ainda não se escreveu (1959). Convergência Lusíada, 34(49), 297–327. https://doi.org/10.37508/rcl.2023.n49a589