The machine of the (new) world: the poem Vila Rica, by Cláudio Manuel da Costa

Authors

DOI:

https://doi.org/10.37508/rcl.2025.nEsp.a1413

Keywords:

Cláudio Manuel da Costa, Luso-Brazilian Poetry, Captaincy of Minas Gerais, Vila Rica, Melancholy

Abstract

In the heroic poem Vila Rica (1773), Cláudio Manuel da Costa addresses the pacification of the War of the Emboabas and the founding of the first towns in the Captaincy of Minas Gerais. Although he does not employ the ottava rima used in The Lusiads, the author makes several allusions to Luís de Camões’s masterpiece. Among these, two are of great importance to the poem’s narrative structure: the giant Itamonte appears in the Minas landscape as the brother of Adamastor, likewise intent on preventing the conquerors’ passage; and, in the midst of the backlands, a marvelous contrivance offers the hero a revelation of future glories, just as in the Isle of Love the “machine of the world” is revealed to Vasco da Gama. In the Luso-Brazilian work, however, both episodes are redirected toward the specific circumstances of settlement and colonization in the New World, and in particular toward the theme of melancholy, associated with the violence of economic exploitation, in contrast with the prospect of a civil order, which the author links to the very craft of poetry.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biography

Sérgio Alcides, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Professor Associado da Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). É Doutor em História Social pela Universidade de São Paulo (USP), e autor do livro Estes penhascos. Cláudio Manuel da Costa e a paisagem das Minas (São Paulo: Hucitec, 2003), entre outras publicações. Foi presidente do júri do Prêmio Camões em 2016, quando essa honraria foi concedida ao escritor brasileiro Raduan Nassar.

References

AGUIAR, Melânia Silva de. Editar Cláudio Manuel da Costa e Tomás Antônio Gonzaga. Um diálogo possível. Veredas: Revista da Associação Internacional de Lusitanistas, Porto Alegre, v. 8, p. 171-184, ago. 2007.

ALCIDES, Sérgio. Estes penhascos. Cláudio Manuel da Costa e a paisagem das Minas (1753-1773). São Paulo: Hucitec, Coleção Estudos Históricos, 2003.

ALCIDES, Sérgio. Fábula de Cláudio Manuel: mineração e poesia em situação colonial. Nova Economia, Belo Horizonte, v. 29, número especial, Belo Horizonte, p. 1389-1407, 2019. DOI: https://doi.org/10.1590/0103-6351/6153

ALCIDES, Sérgio. O lugar não-comum e a república das letras. Revista do Arquivo Público Mineiro, v. 44, n. 2, p. 36-49, 2008.

ANDRADE, Carlos Drummond de. Poesia completa. Edição preparada por Gilberto Mendonça Teles. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2002.

AUTOS de devassa da Inconfidência Mineira. 2. ed. preparada por Herculano Gomes Mathias. Brasília, Belo Horizonte: Câmara dos Deputados, Imprensa Oficial de Minas Gerais, 1982. v. 6.

CAMÕES, Luís de. Os Lusíadas. Edição preparada por Álvaro Júlio da Costa Pimpão. Lisboa: Ministério dos Negócios Estrangeiros, Instituto Camões, 2000.

COSTA, Cláudio Manuel da. Cláudio Manuel da Costa. In: PROENÇA FILHOS, Domínio (org.). A poesia dos inconfidentes. Poesia completa de Cláudio Manuel da Costa, Tomás Antônio Gonzaga e Alvarenga Peixoto. Edição organizada por Melânia Silva de Aguiar. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1996. p. 5-530.

COSTA, Cláudio Manuel da. Notas. In: PROENÇA FILHOS, Domínio (org.). A poesia dos inconfidentes. Poesia completa de Cláudio Manuel da Costa, Tomás Antônio Gonzaga e Alvarenga Peixoto. Edição organizada por Melânia Silva de Aguiar. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1996. p. 1047-1113.

FUMAROLI, Marc. L’Âge de l’éloquence. Paris: Albin Michel, 1994.

HESÍODO. Teogonia. A origem dos deuses. Tradução de Jaa Torrano. São Paulo: Iluminuras, 2007.

KLIBANSKY, Raymond; PANOFSKY, Erwin; SAXL, Fritz. Saturne et la mélancolie. Études his toriques et philosophiques: nature, réligion, médicine et art. Tradução de Fabienne Durand Bogaert & Louis Evrard. Paris: Gallimard, 1989.

LOPES, Hélio. Introdução ao poema ‘Vila Rica’. Muriaé MG: edição do autor, 1985.

OVÍDIO. Fastos. Tradução de Márcio Meirelles Gouvêa Júnior, revista por Júlia Batista Castilho de Avellar. Belo Horizonte: Autêntica, 2015.

OVÍDIO. Metamorfoses. Tradução, introdução e notas de Domingos Lucas Dias. São Paulo: Editora 34, 2017.

RIPA, Cesare. Iconologia, overo descrittione d’imagini delle virtù, vitii, affetti, passioni humane, corpi celesti, mondo e sue parti. Pádua: P. P. Tozzi, 1611.

ROSS, Joe. AHI Treasures of Southern Africa 3-07 0557 N. 2 mar. 2007. 1 fotografia. Disponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:AHI_Treasures_of_Southern_Africa_3-07_0557_N_(567240377). jpg. Acesso em: 21 ago. 2025.

ROULIN, Jean-Marie. L’Epopée de Voltaire à Chateaubriand: poésie, histoire et politique. Oxford: Voltaire Foundation, 2005.

SILVA, Luciano Pereira da. A astronomia de ‘Os Lusíadas’. Lisboa: Junta de Investigações do Ultramar, 1972.

VASCONCELOS, Osvaldo. Restr:Itacolomi sob nuvens.jpg. 23 ago. 2014.1 fotografia. Disponível em: https://br.m.wikipedia.org/wiki/Restr:Itacolomi_sob_nuvens.jpg. Acesso em: 21 ago. 2025.

VAN DE PASSE, Crispijn. Os filhos de Saturno. Harvard Art Museums,

c. 1600. 1 gravura em metal. Disponível em: https://harvardartmuseums. org/collections/object/339724. Acesso em: 21 ago. 2025.

VIRGÍLIO. Eneida. Tradução, introdução e notas de Carlos Ascenso André. Lisboa: Quetzal, 2022.

VOLTAIRE. Essai sur la poésie épique. In: VOLTAIRE. Oeuvres completes.

Oxford: Voltaire Foundation, 1996. v. 3, parte 2, p. 395-498.

WISNIK, José Miguel. Maquinação do mundo. Drummond e a mineração. São Paulo: Companhia das Letras, 2018.

ZUMTHOR, Paul. Rhétorique et poétique. In: Langue, texte, énigme. Paris: Seuil, 1975. p. 93-124.

Published

2025-12-10

How to Cite

Alcides, S. (2025). The machine of the (new) world: the poem Vila Rica, by Cláudio Manuel da Costa. Converência Lusíada, 36(Esp.), 135–160. https://doi.org/10.37508/rcl.2025.nEsp.a1413