Ver demais: o terramoto de 1755 na literatura

  • Helena Carvalhão Buescu Universidade de Lisboa
Palavras-chave: testemunha ocular, visualidade, efeito melodramático, narrativa de catástrofe, pathos

Resumo

Este ensaio argumenta que a experiência do Terramoto de Lisboa de 1755 configura um evento legível no quadro de uma memória cultural, como um evento de natureza traumática, em que "ver demais" surge como imediatamente relacionável com "falar a menos". Neste contexto, ser "testemunha ocular" do Terramoto oferece um quadro privilegiado para captar algumas das zonas de sentido da catástrofe: o seu carácter extra-ordinário, a necessidade de uma palavra sobrevivente, a visualidade dos relatos e a potenciação do efeito melodramático.

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Biografia do Autor

Helena Carvalhão Buescu, Universidade de Lisboa

Professora Catedrática da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, atuando na área de Literatura Comparada, com especialidade nos séculos XIX e XX. Vários J.\vros publicados, dentre os quais O Grande Terramoto de Lisboa. Ficar Diferente. E Membro da Academia Europaea.

Publicado
2006-12-30
Como Citar
Carvalhão Buescu, H. (2006). Ver demais: o terramoto de 1755 na literatura. Convergência Lusíada, 20(22), 17-40. Recuperado de https://convergencialusiada.com.br/rcl/article/view/647