Caderno de memórias coloniais: corpo, linguagem, inacabamento
DOI:
https://doi.org/10.37508/rcl.2022.n47a481Palavras-chave:
Ficção, testemunho, memória, ambivalênciaResumo
O presente artigo propõe algumas reflexões sobre Caderno de memórias coloniais de Isabela Figueiredo (2009). Embora narrado em primeira pessoa e apoiado na coincidência entre autora-narradora-personagem, o romance problematiza o mito da verdade testemunhal e assume a importância da construção ficcional. A ambivalência da memória atravessada por afetos contraditórios desdobra-se no romance junto à recusa de modelos de inteligibilidade acabados e definitivos. Deste modo, permite conservar os acontecimentos como marcas vivas, passíveis de revisitação e releitura, afastando o impulso arquivista da história.
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