As velhas criadas n´ O último cais, de Helena Marques
DOI:
https://doi.org/10.37508/rcl.2021.n45a429Palavras-chave:
Helena Marques, narrativa portuguesa contemporânea, Ilha da Madeira, Criadagem, FamíliaResumo
O artigo pretende analisar as relações que as principais figuras femininas do romance O último cais, de Helena Marques, mantêm com os seus subalternos, nomeadamente com as velhas criadas que, durante várias décadas, prestam serviço nas casas das famílias da alta burguesia funchalense. O objetivo do artigo é a abordagem da posição das criadas no meio familiar, as razões da proximidade com as patroas e as consequências advindas dessa relação. Ao mesmo tempo, analisa o contraste entre a vida citadina e o ambiente de origem das criadas, bem como a influência que estas acabam por exercer na sociedade.
Downloads
Referências
BRITES, Jurema; PICANÇO, Felícia. O emprego doméstico no Brasil em números, tensões e contradições: alguns achados de pesquisas, Revista Latinoamericana de Estudos do Trabalho, v.19, n. 31, p. 131–158, janeiro 2014.
CARVALHO, Maria Amália Vaz de. Arte de viver na sociedade. Lisboa: Colares Editora, 2007.
COUTINHO, Maria Chalfin – MADERS, Tielly Rosado – WESTRUPP, Mônica Back, D’AVILA, Geruza Tavares. História de uma trabalhadora doméstica, Athenea Digital, v. 18, n. 2, p. e1940 1–27, julho 2018. DOI: https://doi.org/10.5565/rev/athenea.1940
HILL, Bridget. Algumas Considerações sobre as Empregadas Domésticas na Inglaterra do século XVIII e no Terceiro Mundo de Hoje, Varia Historia, Belo Horizonte, n. 14, p. 22–33, setembro 1995.
LOJA, Roberto. Helena Marques. A escrita mais livre, Diário de Notícias da Madeira, Revista Diário, Funchal, p. 10–13, 25 maio de 2002.
MARQUES, Helena. O último cais. Alfragide: Leya, 2009.
MARQUES, Helena. Os íbis vermelhos da Guiana. Lisboa: Dom Quixote, 2002.
MEERSSCHAERT, Lieve. Alguns contributos para o estudo da identidade das empregadas domésticas em Portugal, Análise Social, Lisboa, v. 22, n. 93/93, p. 633–642, 1986.
OLIVEIRA, Isabel Tiago de. A ilha da Madeira transição demográfica e emigração, População e Sociedade, Porto: CEPESE, n. 5, p. 25–59, 1999.
RECTOR, Monica. Ecofeminismo em Helena Marques, Signótica, Goiás, v. 21, n. 1, p. 169–186, jan./jun. 2009. DOI: https://doi.org/10.5216/sig.v21i1.8624
RECTOR, Monica. Mulher. Objeto e Sujeito da Literatura Portuguesa. Porto: Fundação Fernando Pessoa, Edições Universidade Fernando Pessoa, 1999.
SARTI, Raffaella. Who are Servants? Defining Domestic Service in Western Europe (16th–21st centuries),In: Pasleau S.; Schopp, I.; Sarti, R. (eds.). Proceedings of the “Servant Project”, v.2. Liege, 2005, p. 3-59.
SILVA, António Ribeiro Marques da. Apontamentos sobre o quotidiano madeirense (1750 – 1900). Lisboa: Editorial Caminho, 1994.
SILVA, Pedro Fernando Augusto da; MENESES, Carlos Azevedo de. Elucidário madeirense. 3 vols. Funchal: Edição DRAC, 1921.
VAQUINHAS, Irene. A família, essa «pátria em miniatura». In: História da vida privada em Portugal – A época contemporânea. Lisboa: Círculo de leitores e temas e debates, 2011a, p. 118-151.
VAQUINHAS, Irene. Paixões funestas e prazeres proibidos. In: História da vida privada em Portugal – A época contemporânea. Lisboa: Círculo de leitores e temas e debates, 2011b, p. 322-350.
VIEIRA, Alberto. A História do turismo na Madeira. Alguns Dados para uma Breve Reflexão, Turismo, Puerto de la Cruz, v. 0, p. 95–118, 2008.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a. Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Atribuição NãoComercial (CC-BY-NC 4.0) que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
b. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
A Revista Convergência Lusíada utiliza uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional.