Vestígios da memória e regressos em Isabela Figueiredo e Dulce Maria Cardoso
DOI:
https://doi.org/10.37508/rcl.2019.n42a352Palavras-chave:
memória, ficção, retorno, Isabela Figueiredo, Dulce Maria Cardoso.Resumo
A partir de uma análise do Caderno de memórias coloniais (2009), de Isabela Figueiredo, e de O retorno (2012), de Dulce Maria Cardoso, propõe-se uma leitura reflexiva, pelo viés da memória entrelaçada à ficção, de histórias que traduzem questões de subjetividade atreladas à idealização de Portugal durante o processo de descolonização. Nesse aspecto, importa mostrar ao leitor as estratégias que as autoras utilizam para reconstruir a memória por meio da ficção e, respectivamente, suas identidades em relação à metrópole. Como base teórica para nossa abordagem, utilizamos a perspectiva de Paul Ricoeur, em A memória, a história, o esquecimento (2007).
Downloads
Referências
BARROS, B. M. Seres estranhos: personagens em desencontros em romances de Dulce Maria Cardoso. In: CARDOSO, J. A. et al. (orgs.). Literatura, linguagem e mídia. Águas de São Pedro: Livronovo, 2016. p. 192-198.
BRONTË, Charlotte. Jane Eyre. Edição bilíngue português-inglês. Tradução e notas de Doris Goettens. São Paulo: Landmark, 2018. E-book.
CARDOSO, Dulce Maria. O retorno [2012]. 2. ed. Rio de Janeiro: Tinta-da-china Brasil, 2013.
CHAGAS, Maria Manuela Duarte. Da multiplicidade de vozes narrativas à incomunicabilidade. O esplendor de Portugal — uma narrativa plurivocal. In: CABRAL, Eunice; JORGE, Carlos J. F.; ZURBACH, Christine (orgs.) A escrita e o mundo em António Lobo Antunes. Lisboa: Universidade de Évora e Dom Quixote, 2003. p. 171-185.
FIGUEIREDO, Isabela. Caderno de memórias coloniais [2009]. São Paulo: Todavia, 2018a.
______. A gorda. São Paulo: Todavia, 2018b.
LESSA, C. F. As coisas que morrem não se devem tocar: uma leitura de O retorno, de Dulce Maria Cardoso. Mulheres e Literatura, Rio de Janeiro, v. 14, p. 1-9, 2015.
MACHADO, Alleid Ribeiro. Dulce Maria Cardoso e Júlia Nery: olhares em torno da diáspora portuguesa em França e África. Entrevista. Desassossego, São Paulo, v. 12, p. 95-119, 2014. DOI: https://doi.org/10.11606/issn.2175-3180.v6i12p95-119
PERALTA, Elsa; OLIVEIRA, Joana Gonçalo. Pós-memória como herança: fotografia e testemunho do “retorno” de África. Configurações, Braga, v. 17, p. 181-197, 2016. Disponível em https://journals.openedition.org/configuracoes/3290. Acesso em: 7 out. 2018. DOI: https://doi.org/10.4000/configuracoes.3013
PLATH, Sylvia. Os diários de Sylvia Plath: 1950-1962. 2. ed. Organização: Karen V. Kukil. Tradução: Celso Nogueira. São Paulo: Biblioteca Azul, 2017.
RIBEIRO, Margarida Calafate. As ruínas da casa portuguesa em “Os cus de Judas” e em O esplendor de Portugal, de Antonio Lobo Antunes. In: SANCHES, Manuela Ribeiro (org.). Portugal não é um país pequeno: contar o Império na pós-colonialidade. Lisboa: Livros Cotovia, 2006.
RICOEUR, Paul. Da memória e da reminiscência. Memória e imaginação. A memória, a história, o esquecimento. Tradução: Alain François et al. Campinas: Editora da Unicamp, 2007. (p. 21-70).
SCHMIDT, Simone Pereira. Uma viagem longa demais, um retorno devastador. Revista do Núcleo de Literatura Portuguesa e Africana da UFF, Niterói, v. 8, n. 16, jul. 2016. DOI: https://doi.org/10.21881/abriluff.2016n16a342
VALADARES, L. M. C. B. O retorno: uma viagem de formação e refundação de identidade. Forma Breve, Aveiro, p. 91-100, 2011.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a. Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Atribuição NãoComercial (CC-BY-NC 4.0) que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
b. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
A Revista Convergência Lusíada utiliza uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional.