De como o finito contém o infinito: paradoxo e alegoria na configuração vieiriana do uterus Mariae

  • Ana Lúcia Machado de Oliveira

Resumo

Este artigo pretende refletir acerca da configuração vieiriana da imagem de Maria, pensada tomisticamente como causa material da encarnação do Verbo divino na pessoa de Jesus Cristo. Mais especificamente, será enfocada a rede alegórica tramada por António Vieira para configurar a infinitude do uterus Mariae no “Sermão de Nossa Senhora do Ӕ, no qual se desdobra agudamente o seguinte paradoxo: como o corpo finito da Virgem pode conter em si o espaço inteiro do mistério e do infinito? No curso da análise, serão discutidas as noções de similitude e de participação, inerentes à metafísica cristã, que fundamentam a trama de alegorias engenhosamente tecida por Vieira.

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Biografia do Autor

Ana Lúcia Machado de Oliveira
Ana Lúcia Machado de Oliveira é doutora em Literatura Comparada (Uerj, 1999), professora associada de Literatura Brasileira na Universidade do Estado do Rio de Janeiro, pesquisadora no programa Prociência da Uerj/Faperj e bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq. Traduziu e/ou coordenou a tradução de várias obras filosóficas. É autora de Por quem os signos dobram: uma abordagem das letras jesuíticas (EdUERJ, 2003) e organizou as obras Antônio Vieira: 400 anos (EdUERJ, 2011) e Cartas e papeis vários, tomo I, volume 5 da Obra Completa do Padre Antônio Vieira (Lisboa: Círculo de Leitores, 2014; São Paulo: Loyola, 2014).
Publicado
2017-07-28
Como Citar
Machado de Oliveira, A. L. (2017). De como o finito contém o infinito: paradoxo e alegoria na configuração vieiriana do uterus Mariae. Convergência Lusíada, 22(25). Recuperado de https://convergencialusiada.com.br/rcl/article/view/60
Seção
DOSSIÊ: VIEIRA