O corpo-Cesariny-surrealista

  • Ana Cristina Joaquim USP

Resumo

Trata-se de pensar a atuação surrealista de Mário Cesariny de Vasconcelos, com especial ênfase para a sua manifestação escrita, a partir do lugar que o corpo ocupa na sua criação. Proponho, portanto, uma leitura do “corpo-escrito” tal como foi modulado, composto e decomposto por Cesariny: o corpo-Cesariny-surrealista como fundador da existência. Cesariny opera com a subversão do cogito, ergo sum cartesiano (“Penso, logo existo”), fato que se apresenta em concordância com a superação do racionalismo proposta pelo surrealismo desde Breton. No desenvolvimento desta leitura, evidenciar-se-ão os modos pelos quais o corpo aparece como elemento indissociável da escrita, e a escrita, por seu turno, aparece como impulso vital (isto é, sem o controle rígido da razão), ou mesmo como necessidade biológica – com ênfase para a indistinção surrealista entre vida e obra.

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Publicado
2017-06-07
Como Citar
Joaquim, A. C. (2017). O corpo-Cesariny-surrealista. Convergência Lusíada, 26(33). Recuperado de https://convergencialusiada.com.br/rcl/article/view/48
Seção
DOSSIÊ: POESIA EM TEMPO DE PROSA