Civilização e barbárie, segundo Júlio Dinis e Fialho de Almeida

Palavras-chave: Júlio Dinis, Fialho de Almeida, Medicina, Literatura Portuguesa, Oitocentos

Resumo

Diante da verdadeira revolução que os avanços da tecnologia ocasiona­ram em todos os campos de conhecimento, notadamente a partir da se­gunda metade do século XIX, a literatura canalizou as esperanças e as angústias que palpitavam na sociedade lusa, em virtude do transborda­mento do pensamento científico, oferecendo vislumbres de modernidade que ecoam até os nossos dias. Médicos de formação, Joaquim Guilherme Gomes Coelho (1839-1871) – eternizado pelo pseudônimo Júlio Dinis – e José Valentim Fialho de Almeida (1857-1911) investiram no jornalismo e no fazer literário, oferecendo contrapontos entre civilização e barbárie em sua prosa ficcional, que proponho desvelar.

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Biografia do Autor

Elisabeth Martini, Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro

Doutora e mestre em Literatura Comparada, pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Pesquisadora do projeto Páginas Luso-Brasileiras em Movimento (UFF-RGPL) e inte­grante do grupo de Pesquisas Literárias Luso-Brasileiras (PLLB), do Real Gabinete Português de Leitura do Rio de Janeiro, colabora também com os projetos Senhoras do Almanaque e Portugueses de Papel, do Grupo de Investigação Brasil-Portugal: cultura, literatura, memória (CLEPUL – Centro de Literaturas e Culturas Lusófonas e Europeias). Há mais de trinta anos, atua na Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro, como professora de Língua Portuguesa, junto às turmas do Ensino Fun­damental.

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Publicado
2022-08-14
Como Citar
Martini, E. (2022). Civilização e barbárie, segundo Júlio Dinis e Fialho de Almeida. Convergência Lusíada, 33(47), 36-64. https://doi.org/10.37508/rcl.2022.n47a479