Vozes dos silenciados: resistência escrava e herança colonial em 'deus-dará', 'Não se pode morar nos olhos de um gato' e 'Biografia do Língua'

Autores

DOI:

https://doi.org/10.37508/rcl.2020.n43a363

Palavras-chave:

literatura portuguesa, racismo, escravidão, Brasil

Resumo

Com base nos romances deus-dará, de Alexandra Lucas Coelho, Não se pode morar nos olhos de um gato, de Ana Margarida de Carvalho, e Biografia do Língua, de Mário Lúcio Sousa, neste artigo pretendo discutir o constante processo de apagamento da escravidão e seus efeitos no Brasil e Portugal. Apoiado em teóricos como Boaventura de Sousa Santos, Margarida Calafate Ribeiro, entre outros pensadores portugueses, procuro resgatar as vozes desses personagens silenciados pelo Estado e pela história oficial, problematizadores de um tempo e de um espaço sobrepostos aos ossos de uma geografia colonial, concebida a partir da exploração do escravo, da perpetuação da exploração do trabalhador negro e da institucionalização do racismo.

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Biografia do Autor

Paulo Ricardo Kralik Angelini, Escola de Humanidades- PUCRS

É professor adjunto e coordenador do curso de graduação em Letras/Língua Portuguesa na Escola de Humanidades da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Doutor em Literaturas em Língua Portuguesa pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, com estágio de doutoramento pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) na Universidade de Lisboa. Pós-doutorado (bolsa CAPES) na área de Literatura Portuguesa Contemporânea pela Universidade de Lisboa. Professor permanente do Programa de Pós-Graduação em Letras (PUCRS).

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Publicado

2020-04-30

Como Citar

Angelini, P. R. K. (2020). Vozes dos silenciados: resistência escrava e herança colonial em ’deus-dará’, ’Não se pode morar nos olhos de um gato’ e ’Biografia do Língua’. Convergência Lusíada, 31(43), 25–37. https://doi.org/10.37508/rcl.2020.n43a363