Ética e estética em Avalovara, de Osman Lins

  • Maria Lucia Guimarães de Faria Universidade Federal do Rio de Janeiro
Palavras-chave: escrita, opressão, alegoria, ética romanesca, estética.

Resumo

O papel do escritor na sociedade e a possível contribuição da literatura para a realidade social e política do Brasil foram preocupações de primeira ordem para Osman Lins. Não apenas em entrevistas e escritos teóricos o escritor externou suas reflexões, mas também as absorveu e incorporou romanescamente. Em Avalovara, obra magna do autor pernambucano, o amplo espectro temático e a liberdade do arrojo criador favoreceram esta absorção. Aqui, a atitude participante se entretece tão intimamente na malha narrativa do romance, que ética e estética se vinculam e consorciam. As formas segundo as quais este consórcio se articula e configura constituem a matéria de investigação do presente estudo. Para levá-lo a cabo, será realizada uma leitura extensa e minuciosa do romance que evidencie uma de suas vertentes fundamentais: escrever durante regimes ditatoriais.

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Biografia do Autor

Maria Lucia Guimarães de Faria, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Maria Lucia Guimarães de Faria é professora adjunta de Literatura Brasileira da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Possui graduação em Letras pela Universidade de Brasília (1983), mestrado em Teoria da Literatura pela mesma instituição (1987) e doutorado em Ciência da Literatura pela UFRJ (2005). Pertence à Comissão Permanente de Organização do Fórum de Literatura Brasileira Contemporânea promovido pelo Setor de Literatura Brasileira da UFRJ.

Publicado
2019-03-25
Como Citar
Faria, M. L. G. de. (2019). Ética e estética em Avalovara, de Osman Lins. Convergência Lusíada, 29(40), 86-104. Recuperado de https://convergencialusiada.com.br/rcl/article/view/277