A memória da catástrofe e o testemunho romântico na “fábula trágica” O senhor do Paço de Ninães, de Camilo Castelo Branco

  • Luci Ruas Universidade Federal do Rio de Janeiro
Palavras-chave: Camilo Castelo Branco, romance do século XIX, literatura portuguesa, literatura e História.

Resumo

Em 1867, Camilo Castelo Branco publica o romance O senhor do Paço de Ninães. Tendo a casa como corpo de escrita e lugar de partida e retorno, ou da memória, em que circulam os fantasmas da História, seja a pública, onde os vestígios da memória pátria se dão a ver, seja a história privada, onde habita a sombra da família que lá viveu, nele verifica-se uma perspectiva de leitura em que os desastres que atingiram Portugal no século XVI são relidos e reescritos, não com o que se presenciou, porque não é possível, mas considerando os rastros deixados pelo que se arruinou.

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Biografia do Autor

Luci Ruas, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Luci Ruas é professora associada da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), doutora em Letras Vernáculas (Literatura Portuguesa), com a tese Vergílio Ferreira: itinerário de uma paixão. Desde 2011 é regente da cátedra Jorge de Sena para Estudos Literários Luso-afro-brasileiros da UFRJ e editora da revista Metamorfoses, publicada pela Editorial Caminho com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian.

Publicado
2019-03-25
Como Citar
Ruas, L. (2019). A memória da catástrofe e o testemunho romântico na “fábula trágica” O senhor do Paço de Ninães, de Camilo Castelo Branco. Convergência Lusíada, 29(40), 36-49. Recuperado de https://convergencialusiada.com.br/rcl/article/view/274