Lúcio Valério Quíncio x Iunia Cantaber: o amor impossível entre o estoicismo romano e o cristianismo emergente em 'Um deus passeando pela brisa da tarde'

  • Renata França Pereira Universidade Federal do Maranhão (UFMA)
  • Márcia Manir Miguel Feitosa Universidade de São Paulo (USP) / Universidade Federal do Maranhão (UFMA)
Palavras-chave: literatura portuguesa, literatura contemporânea, religiosidade, história.

Resumo

Baseado nas investigações acerca da história e religião romanas na Antiguidade, propostas por Mircea Eliade (1972, 1992, 2011), o presente artigo tem por objetivo elucidar como se afigura o fenômeno da religiosidade no povo romano, sobretudo nos personagens de Lúcio Valério Quíncio e Iunia Cantaber. Para tanto, propõe-se a análise do romance Um deus passeando pela brisa da tarde, do português Mário de Carvalho, lançado em 1994. O premiado romance trata da história de Lúcio, que narra em retrospecto a jornada de seus dias de duunvirato no exílio. Entende-se que as crenças religiosas e filosóficas de ambos, por serem contrárias, vão configurar-se como a maior impossibilidade para o amor que Lúcio nutre por Iunia, uma vez que o primeiro é cidadão romano e adepto conservador do estoicismo e a segunda é adepta do incipiente cristianismo, terminante e impiedosamente rejeitado pelo Império Romano durante o começo do século II d.C.

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Biografia do Autor

Renata França Pereira, Universidade Federal do Maranhão (UFMA)

Renata França Pereira é graduanda do curso de Letras da Universidade Federal do Maranhão. Integrante do Grupo de Estudos de Paisagem em Literatura (GEPLIT/UFMA), no qual atua como bolsista do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) e desenvolve pesquisa financiada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), da qual o presente trabalho é oriundo.

Márcia Manir Miguel Feitosa, Universidade de São Paulo (USP) / Universidade Federal do Maranhão (UFMA)

Márcia Manir Miguel Feitosa é doutora em Letras (Literatura Portuguesa) pela Universidade de São Paulo. Pós-doutora em Estudos Comparatistas pela Universidade de Lisboa. Professora Titular do Departamento de Letras da Universidade Federal do Maranhão. Coordenadora do Grupo de Estudos de Paisagem em Literatura (GEPLIT/UFMA) e vice-coordenadora do Grupo de Estudos de Paisagem nas Literaturas de Língua Portuguesa, sob a liderança da professora Ida Ferreira Alves, da Universidade Federal Fluminense.

Publicado
2018-06-30
Como Citar
Pereira, R. F., & Feitosa, M. M. M. (2018). Lúcio Valério Quíncio x Iunia Cantaber: o amor impossível entre o estoicismo romano e o cristianismo emergente em ’Um deus passeando pela brisa da tarde’. Convergência Lusíada, 29(39), 209-222. Recuperado de https://convergencialusiada.com.br/rcl/article/view/253