“A vida eterna depende do amor dos outros”: memória e trauma em 'Flores', de Afonso Cruz

  • Carlos Roberto dos Santos Menezes Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
Palavras-chave: Afonso Cruz, Flores, amor, memória, trauma.

Resumo

A partir das reflexões críticas de Georges Didi-Huberman (O que vemos e o que nos olha), Marcio Seligmann-Silva (O local da diferença) e Maurice Halbwachs (A memória coletiva), propõe-se uma leitura do romance Flores, de Afonso Cruz, focalizando a personagem Margarida Flores, o grande amor de Ulme, que vem a ser aquela que, dividida entre o amor e o desejo de combater o poder salazarista, trará na sua memória as marcas de um passado nefando, cuja linguagem se converterá em gestos teatrais para tentar expressar o trauma que sofrera no passado. Sendo assim, o presente texto busca analisar o corpo desta personagem que se torna o lugar da memória individual, coletiva e ao mesmo tempo histórica capaz de ilustrar a impossibilidade do amor e o desejo de eternidade.

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Biografia do Autor

Carlos Roberto dos Santos Menezes, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

Carlos Roberto dos Santos Menezes é doutorando do Programa de Pós-graduação em Letras Vernáculas (PPGLV) na área de concentração destinada à Literatura Portuguesa pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Mestre em Letras Vernáculas no PPGLV em Literatura Portuguesa pela UFRJ com a dissertação Entre a leitura e a escritura: a forma romanesca de Bolor, de Augusto Abelaira (2017); ex-bolsista júnior do Real Gabinete Português de Leitura em parceria com a Fundação Calouste Gulbenkian com o projeto “Diálogos intranarrativos a propósito dos romances de Augusto Abelaira” (2017).

Publicado
2018-06-30
Como Citar
Menezes, C. R. dos S. (2018). “A vida eterna depende do amor dos outros”: memória e trauma em ’Flores’, de Afonso Cruz. Convergência Lusíada, 29(39), 175-188. Recuperado de https://convergencialusiada.com.br/rcl/article/view/251