“He preciso ceder a nosso destino”: amores impossíveis em quatro obras de autoria feminina do século XIX
Palavras-chave:
história das mulheres, mulheres que escrevem, século XIX, Portugal, Maria Peregrina de Sousa.Resumo
O amor foi uma temática frequente em textos de autoria feminina durante o século XIX. Nos romances Lord Clifton, ou a Providência, de C. E. da C. G; História georgiana, ou A constância, de huma sua nacional; Lindoro e Palmira, ou Os amantes perseguidos, de Maria Clara Junior; e o folhetim Zulima, ou a cruz d’oiro, de Maria Peregrina de Sousa, o amor aparece como algo impossível. Nestes quatro textos, suas autoras descrevem diferentes impossibilidades ao sentimento amoroso. Maria Peregrina de Sousa, em seu folhetim que exalta a glória católica, os heróis e heroínas são separados devido a sua religião. Já em Lindoro e Palmira é a família, nomeadamente o pai, que não permite o casamento dos dois amantes. A questão da escolha do parceiro tornava-se mais frequente em meio às casas portuguesas da primeira metade do século XIX, sendo que o casamento por amor começava a ser a norma não apenas nos romances; assim, o pequeno romance de Maria Clara Junior apresenta a escolha dos amantes como a mais correta união. Lord Clifton e a História georgiana, por sua vez, demonstram a impossibilidade do amor pela distância, além da escolha paterna. Lord Clifton, no entanto, apresenta a história de um homem que embora tenha casado com a mulher que amava, foi separado desta, que faleceu. Ele descobre um novo amor na jovem Sara, que desconhece ser sua filha.
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