Uma Rapariga no País das Maravilhas: Mário Cláudio, Lewis Carroll e a tradição portuguesa
Palavras-chave:
Mário Cláudio, O fotógrafo e a rapariga, trovadorismo galego-português, intertextualidade.Resumo
O romance O fotógrafo e a rapariga, publicado por Mário Cláudio em 2015, recria ficcionalmente a relação entre o professor de Matemática, escritor e fotógrafo amador Charles Lutwige Dodgson, mais conhecido pelo pseudônimo Lewis Carroll, e Alice Liddell, a menina que inspirou a criação de Alice no País das Maravilhas e Alice através do espelho, além de ter posado como modelo para uma série de fotografias de Dodgson. A intimidade que surgiu entre eles, assombrada pelo signo da pedofilia, é representada no romance como um amor impossível que a um tempo se consuma e se sublima nas imagens da literatura maravilhosa. Para investi-las desse sentido, Mário Cláudio vai recuperar (ou reinventar) o seu processo de construção, valendo-se, para tanto, de sua própria tradição: as cantigas de amigo do trovadorismo galego-português.
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