Santo Agostinho e(m) Antônio Vieira: anotações de literatura hagiográfica no século XVII

  • Felipe Lima da Silva Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj)
  • Ana Lúcia Machado de Oliveira Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj)

Resumo

Este texto procura, em primeira instância, sublinhar a presença do pensamento de Santo Agostinho na obra do Padre Antônio Vieira. Para tanto, tomaremos como âmbito de análise o “Sermão de Santo Agostinho”, pregado pelo jesuíta português aqui em questão, em celebração à festa dedicada ao respectivo santo. Nesse sentido, buscaremos demonstrar como, por meio da retórica aguda de Vieira, Agostinho seria considerado o maior dos santos na ampla hagiografia da Igreja Católica, justamente por ter caminhado a contrapelo dos costumes e dos ritos já consagrados para a ascensão dos mártires e beatos; em paralelo, o culto dos santos, que também buscaremos retraçar no espaço deste texto, seria considerado uma das principais tarefas autorizadas e desempenhadas após o Concílio de Trento para assegurar o poder do clero ortodoxo. No curso destas linhas, procuraremos tecer considerações relevantes que deem força e forma aos nossos argumentos, pensando, por exemplo, alguns temas ligados diretamente à hagiografia seiscentista e ao culto santoral.

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Publicado
2017-05-19
Como Citar
Lima da Silva, F., & Machado de Oliveira, A. L. (2017). Santo Agostinho e(m) Antônio Vieira: anotações de literatura hagiográfica no século XVII. Convergência Lusíada, 26(34). Recuperado de https://convergencialusiada.com.br/rcl/article/view/23
Seção
DOSSIÊ: LITERATURA E INTERDISCIPLINARIDADE