Atlantida: da lusitanidade à latinidade

  • Zília Osório de Castro FCSH.UNL - Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa

Resumo

João de Barros e João do Rio retomaram a ideia há muito enunciada da união luso-brasileira e procuraram dar-lhe a expressividade adequada ao seu tempo. A publicação de uma revista que viria a ser denominada Atlantida e que teria uma feição predominantemente cultural seria o meio para atingirem aquele objetivo. Editada sob o signo da portugalidade, iria contribuir para a criação de uma “nova e grande Lusitânia” em que a tradição de Portugal continental se aliaria à juventude da nação brasileira. O Atlântico e a língua portuguesa seriam os pilares dessa construção. A guerra e a emergência do pangermanismo vieram alterar este plano. A língua e cultura francesas tornaram-se expressão do espírito latino e de oposição ao germanismo. Subalternizada a lusitanidade, a Atlântida, quiçá por isso mesmo, pouco lhe sobreviveu.

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Publicado
2017-05-18
Como Citar
Osório de Castro, Z. (2017). Atlantida: da lusitanidade à latinidade. Convergência Lusíada, 27(35), 160. Recuperado de https://convergencialusiada.com.br/rcl/article/view/14
Seção
VARIA